01/07/2011

Corda, cordel, cordão: aventura e poesia de mãos dadas

O cordel, conhecido também pelo nome de literatura de folhetos, é uma forma de expressão universal que nasceu na Europa após a invenção da imprensa e a parti daí se difundiu. Entre seus principais traços está o fato de ser um tipo de poesia narrativa e de caráter popular, participando de um campo muito mais amplo de manifestações: os mitos, as lendas, os contos tradicionais, as narrativas de aventura, de lutas e viagens, as canções de ninar, as parlendas e os travalínguas, os provérbios e as adivinhações, os desafios dos contadores. Todas essas formas de expressão, que constituem o que chamamos de literatura popular, têm em comum o fato de serem transmitidas preferencialmente de forma oral, preservando-se assim graças à memória dos indivíduos e dos grupos. A preferência pela trasmissão oral decorre do fato de serem manifestações artísticas do povo, gente humilde, com pouca ou nenhuma instrução escolar.

Foi na idade média, por volta dos séculos XI e XII, que se desenvolveu e se disseminou por toda a Europa esse gênero de literatura popular. Ela crescia ao mesmo tempo que surgiram várias línguas nacionais, utilizadas pelo povo, em oposição ao latim, lígua das elites. Com a invenção da imprensa, por volta de 1450, parte dessa literatura popular oral que circulava na Europa começou a ser publicada em pequenos livretos, feitos de papel ordinário e vendidos a preço barato. Iniciava-se assim a literatura de folheto.






Matérial retirado do livro PARA GOSTAR DE LER 36 POESIA Feira de Versos poesia de cordel, editora ática.

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